Por que participar da Santa Ceia?

Entenda a importância e o significado desta ordem deixada pelo Próprio Senhor Jesus

Já parou para pensar que você faz certas coisas só para poder se lembrar de alguém ou de algo importante na sua vida? Talvez você use uma determinada roupa que o faça lembrar seus pais ou visite um lugar porque nele aconteceu algo que marcou sua vida. Essa é uma forma de não nos esquecermos de momentos especiais e do que eles significam para nós.

O Senhor Jesus também pediu que periodicamente fizéssemos algo para nos lembrarmos dEle: a celebração da Santa Ceia. Nela, comemos o pão, que representa Seu corpo, e tomamos o suco de uva, que representa Seu sangue, que foram dados em sacrifício pela Humanidade, e está registrado na Bíblia, em Lucas 22.19-20: “E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós”.

Mas a Santa Ceia não é uma refeição para saciar nossas necessidades físicas. Ela simboliza reconhecimento, conserto, entrega e comunhão com o Senhor Jesus. Assim como os alimentos ingeridos – o pão e o suco de uva – se fundem ao corpo da pessoa que participa da celebração, há também uma fusão entre a pessoa e o corpo de Cristo, o que significa que ambos se tornam um só. Por isso é importante participar dela. O Próprio Senhor Jesus alertou que se não participássemos da Santa Ceia não teríamos vida em nós mesmos (leia em João 6.53-57).

É por isso que a Santa Ceia é celebrada duas vezes ao mês em todos os templos da Universal. No dia 12 de março ocorreu mais uma celebração.

No Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Renato Cardoso, responsável pelo trabalho da Universal no Brasil, realizou a cerimônia. Na ocasião, ele enfatizou o que significa participar da Santa Ceia: “é você fazer uma Aliança com Deus, ficar casado com Deus, ser aliado com o Senhor. É você dizer: ‘eu quero deixar o meu pecado, quero deixar minha iniquidade, a maldade, e quero aclamar o Senhor como rei da minha vida’”.

Nova Aliança
A prática dessa ordem do Senhor Jesus é tão importante que ela foi tema do programa Inteligência e Fé, apresentado pelo Bispo Renato Cardoso, com transmissão pela Rede Aleluia de rádio. Ela está atrelada a outra, que é o batismo nas águas, uma etapa fundamental para quem decide entregar a vida a Jesus.

O Bispo explicou que a Santa Ceia está baseada na Páscoa e na noite em que Deus tirou o povo hebreu da escravidão do Egito. Ele orientou que Seu povo sacrificaria um cordeiro e usaria o sangue para marcar as portas das casas. Só assim não seria atingido pelo espírito da morte que passaria sobre todo o Egito e feriria o primogênito de todas as famílias. Na ocasião, o povo também assaria a carne do cordeiro e comeria com ervas amargas e pães sem fermento, simbolizando toda amargura da escravidão que viveu naquele lugar.

Mais de mil anos depois, Jesus veio ao mundo e estabeleceu uma Nova Aliança. Como símbolo dela, Ele usou o que aconteceu no Egito. Agora, porém, ela não seria mais feita com base no sangue de cordeiros, mas no sangue dEle, do Próprio Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus. “A Santa Ceia representa que nós deixamos para trás a vida velha e começamos uma nova com Deus”, esclareceu o Bispo durante a transmissão.

Passado, presente e futuro
O Bispo Renato também destacou que a Santa Ceia nos dá a chance de olharmos para o passado, para o agora e para o futuro. Ao participarmos dela em memória do Senhor Jesus, estamos nos lembrando de algo que aconteceu no passado: o sacrifício dEle na cruz do Calvário. “Nós nos lembramos de onde viemos, de onde Ele nos tirou. Sempre que nós participamos dela devemos pensar quem éramos quando Jesus nos achou (…), nos salvou, nos perdoou e nos trouxe para Sua maravilhosa luz”, disse o Bispo.

A Santa Ceia também nos faz olhar para o presente à medida que precisamos fazer uma autoanálise de como está nossa condição espiritual.

Essa avaliação é necessária porque não podemos comer o corpo (pão) e o sangue (o suco de uva) dEle de qualquer maneira. “A Santa Ceia é uma oportunidade para nos perguntarmos: ‘eu tenho vivido em obediência?” e ‘Eu tenho paz e boa consciência com Deus?’ Se a resposta for sim, eu vou em frente, faço a Santa Ceia, ou tenho que me consertar antes de participar da Santa Ceia.”

Além da morte, ela também representa que Cristo ressuscitou e que vai voltar. É nesse aspecto que a Santa Ceia nos remete ao futuro, pois nos faz entender que tudo isso aconteceu com o objetivo de vivermos na eternidade no Reino dos Céus ao lado do nosso Senhor e Salvador Jesus. “Como está sua caminhada espiritual rumo ao céu? Você tem certeza de que está aprovado diante de Deus?”, questionou o Bispo, destacando que muitos perdem o rumo, assim como o povo hebreu depois que saiu do Egito. “Muitos cristãos, infelizmente, começam a caminhada cristã, mas perdem o foco no futuro, no destino de suas almas, e ficam olhando de volta para o mundo. A Santa Ceia nos dá a oportunidade de fortalecermos nossa Aliança com Deus”, concluiu.

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Colaborador

Nubia Onara / Foto: Demetrio Koch