Dificuldade de dizer a verdade?

Veja por que você precisa reavaliar essa conduta urgentemente

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Se você perguntar a qualquer homem se ele gosta de ouvir mentiras, provavelmente a resposta seja “não”. Dificilmente conheceremos ou encontraremos alguém que diga que gosta de ser enganado. Entretanto também é bem provável que aqueles que não gostam de ouvir mentiras as contem com regularidade ou ocasionalmente.

Muitas dessas mentiras são motivadas pelo ego, pelo desejo de mostrar algo aos outros para cumprir os padrões exigidos pela sociedade. Quantos mentem sobre suas posses para os mais chegados ou para quem está à sua volta com a intenção de mostrar aos outros o que não são?

Há falastrões de todo o tipo, desde os que dizem que têm carros importados até os que afirmam que conquistam várias mulheres todas as noites na balada. São os que mentem para ser incluídos em determinados grupos ou para não serem discriminados por sua condição social.

Outros mentem como forma de autodefesa. Por exemplo: quando confrontados sobre prazos que deixaram de cumprir no trabalho ou sobre um erro que não querem assumir.

Existem também os mentirosos controladores que mentem para ter o domínio de determinada situação. Eles se sentem poderosos agindo dessa maneira.

Contudo a situação mais comum é mentir por medo, por não querer enfrentar um problema. Parece mais fácil mentir do que decepcionar a outra pessoa dizendo a verdade, por exemplo, o que demonstra também certa covardia.

Entretanto é preciso entender que mesmo a mentira pequena, como dar uma falsa opinião sobre a roupa de um amigo, quando sua sinceridade é solicitada por ele, pode causar danos irreparáveis. Neste caso, se o amigo não ouviu a verdade de você, pode ouvi-la de outra pessoa e de uma maneira nada agradável, como em forma de chacota. O pior é que quando mentimos acabamos afastando de nós pessoas que até então acreditavam em nós. O que poderia ser dito de forma sincera e não foi pode abalar amizades e casamentos ou até pôr fim a eles.

Quando se mente não é possível estabelecer relações de confiança com ninguém, pois relacionamentos alquebrados não funcionam. Com Deus acontece da mesma forma. Ao mentirmos, tiramos Deus do nosso coração e o substituímos pelo medo de dizer a verdade. Segundo o Bispo Renato Cardoso, ao temer mais as consequências da verdade deixamos de temer a Deus: “a mentira se torna o seu próprio deus, ou melhor, o pai dela, que é o próprio diabo”.

O mentiroso também passa a ser conhecido por faltar com a verdade repetidas vezes. Por isso, precisamos nos acostumar com a verdade. Ter o hábito de mentir inocentemente ou socialmente pode nos levar a situações graves. Os grandes crimes, por exemplo, originam-se em pequenos delitos que são ignorados pela Justiça. Não por acaso, conforme escreveu Salomão, em Provérbios 12.22, Deus tem ojeriza à mentira: “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o Seu deleite”.

Por isso, é preciso que usemos da severidade moral conosco e não embarquemos em canoas furadas simplesmente para satisfazer nossas vontades egoístas e as conveniências gerais. Se afirmamos que somos cristãos, mas não obedecemos a Deus, somos considerados mentirosos: “Aquele que diz: Eu O conheço, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (1 João 2.4).

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Colaborador

Eduardo Prestes / Foto: zsv3207/getty images